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Foi real...



Respirar pela primeira vez, a primeira vitória da minha vida, mecher os dedos frágeis, ver uma luz branca nos olhos cegando, médicos rodeados com cara de preocupação, á puros com a doce mãe na maca, por alguns minutos não perdendo a vida, fomos eu e ela, sobreviventes, fazendo uma vitória dupla ao meu nascimento.
Abro os olhos, não vejo o querido pai, apenas a querida avó e a vizinha da casa ao lado no qual ajudou, sinto o colo da minha mãe, quentinho, aconchegado mas sinto que será por pouco tempo. E foi.
Mais uma vitória, aprendo a andar com ajuda da minha mãe, a mãe-avó que é minha considerada mãe desde que nasci. Pequenos passos são dados, anos passam, aprendendo a escrever, a falar, a ter certos conhecimentos.
Eu chorava com 6 anos na cama, sonhando com a mãe de sangue, cicatrizes aqui dentro doiam por mais que elas não existissem por fora e ninguém visse a olho nú.Mas eu podia sentir a grande ferida.Ela se foi, e eu com minha vó-mãe aprendendo todas as lições que a vida nos dava, colhendo amor e carinho. Pai, orgulho de pai que cuidou de mim, de todas as vezes que precisei, mesmo pela teimosia, mesmo por quando eu ter aberto os olhos pela primeira vez na maternidade e não ter te visto, hoje você está presente a todos os dias da minha vida
Minha vida até hoje assim, mãe-vó, pai amoroso, mas timido, os dois sempre presentes a todo instante, a todo segundo, mas...Mãe, que pela minha primeira vez eu vi na maternidade e a primeira a sentir o colo quentinho até hoje não volta, nem para receber um abraço e um ultimo olhar ou me dar um carinho materno, que hoje é substituído pela querida mãe-avó!

1 comentários:

Bárbara Cintra disse...

Muito linda sua história Má. Mãe é aquela que cria e você sabe disso como ninguém.
Obrigada por sempre me ensinar coisas tão bacanas,me espelho muito em você e você sabe disso.
Te amo muito, saudades.

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